14 de ago. de 2013

O quanto o novo Golf tem a ver com o encalhado novo i30?

Golf poderá elevar o preço do segmento pra outro nível, prática iniciada pelo Cruze Sport6 e que o i30 não conseguiu fazer


Mais nervosa, versão GTI pode chegar aos R$ 108 mil. (Autoesporte)


A Volkswagen enfim confirmou a chegada do Golf VII, apresentado no ano passado na Europa. Algo que todos já sabiam. As versões, como também já se cogitava, serão as mais caras da gama do modelo, Highline e GTI. E, mais uma vez, como esperado, num primeiro momento o carro será importado da Alemanha. O que faltava (ainda falta, na verdade) se confirmar era a questão dos preços, mas as primeiras estimativas mais concretas já dão conta: pode preparar o bolso.

A montadora alemã declarou que podemos esperar um preço "na faixa do segmento". Acontece que as primeiras estimativas jogam essa faixa -- que já havia crescido com Cruze Sport6 e Hyundai i30 -- um pouco pra cima. Algumas publicações sugerem um valor inicial na casa dos R$ 75 mil (como Autoesporte), outras, mais otimistas, nos R$ 70 mil (como o Carsale). O consentimento, porém, é o mesmo: o Golf, muito provavelmente, custará mais de R$ 70 mil

Um claro indício é o de que a "antiga geração" deverá permanecer em linha e brigando com as versões de entrada dos concorrentes que não subiram uma casa em seus valores, como Peugeot 308, Ford Focus (por enquanto) e Fiat Bravo -- todos ainda na casa dos R$ 50 mil em suas versões mais em conta. O nosso Golf abrange a faixa que começa nos R$ 52.390 e chega aos R$ 62.180. O que isso quer dizer? O novo irá chegar pra solidificar essa nova tendência de valores exorbitantes para hatches médios.

A VW quer posicionar seu modelo como de luxo. Pode isso? (Carplace)


Como disse acima, a onda foi iniciada pela Chevrolet, com o Cruze Sport6. O modelo se saiu bem. Vendo esse sucesso, tanto por questões de marketing quanto por conta do aumento no IPI, a Hyundai aumentou o preço do seu i30, maior até que o aumento proposto pelo concorrente. O Cruze Sport6 foi lançado custando R$ 64.900, mas hoje esse valor caiu para R$ 62.990, bem mais justo, tanto é que o modelo chega a ameaçar o Focus na liderança do segmento.

Enquanto isso, o i30 foi apresentado custando absurdos R$ 75 mil, podendo chegar aos R$ 80.000 (em algumas concessionárias, até mesmo R$ 90 mil)! Hoje, porém, pode-se encontrá-lo por R$ 67.500, ainda caro, mas um preço mais dentro da realidade. Demorou, entretanto, para a Hyundai acordar: o antigo i30 era líder de seu segmento, mas despencou para a lanterna -- o Bravo, que nunca emplacou, o superou em vendas. Tanto é que esse não é o primeiro desconto: lançado em abril, passou de R$ 75 mil para R$ 72.000 e atualmente, na tabela, R$ 69 mil.

Agora, é a vez do Golf. E o problema aqui é mais embaixo: o alemão tem uma legião de fãs e um nome forte. Será muito difícil ele não emplacar. O perigo? Os concorrentes, como o tal Focus que também vem aí, seguirem a onda e elevar de vez a categoria.


Novo Golf tem síndrome de Camaro: é acessível lá fora e caríssimo aqui. Ah, e tem grandes chances de virar música, graças ao seu apelo. (Carplace)


Mas, afinal, quanto vai custar o carro da Volks? É aí que está: ela não revelou ainda, pois a apresentação de ontem foi apenas uma avant-première, o modelo chega mesmo entre setembro e dezembro (a versão GTI só chega no fim do ano, só que a Highline virá antes). Mas é aquela história: se fosse coisa boa, a marca já teria revelado, não? A versão mais esportiva poderá ultrapassar a casa dos R$ 100 mil e encostar em modelos como o Audi A3.


Veja mais fotos do Novo Golf no Facebook do FVC!

Tudo bem, o Golf trará um excelente conteúdo e uma mecânica moderna, com requinte no interior. Mas na Europa ele é posicionado de  maneira semelhante a um compacto premium brasileiro -- não em tamanho real, mas em porte e preço. Por lá, ele é considerado um carro acessível e sem grandes luxos, tal como Focus, Bravo, i30... Ao chegar aqui, mesmo na versão esportiva, mesmo sendo de nicho, é certo ganhar o status de um carro de marca premium? Custar R$ 108 mil, como sugere o portal Vrum?

Confira a seguir a lista de equipamentos e ficha técnica do modelo e tire suas conclusões.


O Golf VII tira o nosso atraso em relação aos europeus. (VW/Divulgação)


Equipamentos e dados técnicos


Golf Highline (com motor 1.4 TSI e câmbio manual de seis marchas ou automático DSG de dupla embreagem, sete velocidades e Tiptronic) 

Start-Stop, sete airbags (frontais, laterais, de cortina e joelho do motorista), bloqueio eletrônico do diferencial,  controle de tração e estabilidade, rodas de liga leve aro 16”, brake light e lanternas com LEDs, ponteiras do escapamento dupla, bancos com ajuste de altura milimétrico e lombar (motorista e passageiro), volante e câmbio revestidos em couro, ar-condicionado digital de duas zonas, piloto automático, direção elétrica, computador de bordo, espelhos retrovisores externos elétricos, rebatíveis e com função Tilt Down, rádio CD-Player com touchscreen de 5.8”, sensor de aproximação, Bluetooth, entrada para SD-Card e interface para iPod, sensores de chuva e crepuscular, de estacionamento dianteiro e traseiro e de alarme keyless, freios ABS, travas elétricas e volante com comandos do rádio.

Golf GTI (com motor 2.0 TSI e câmbio automático Tiptronic DSG de dupla embreagem com seis velocidades)  

Conteúdo da Highline, com algumas alterações: as rodas são aro 17 e a grade é diferenciada, com apliques em vermelho, assim como vários outros detalhes da versão. 


Slides mostram os destaques de cada versão. (UOL Carros)



Além da tela de 5.8 polegadas, também estará disponível uma de oito, mas não se sabe como ela será ofertada por enquanto. 

Quanto aos motores, o 1.4 TSI (turbo) rende 140 cv de potência e 25,5 kgfm de torque, o suficiente para levar o Golf de 0 a 100 km/h em 8,4 segundos e atingir velocidade máxima de 212 km/h; já o 2.0 TSI faz de 0 a 100 em 6,5 s e atinge máxima de 244 km/h, graças ao torque de 35,7 kgfm e aos 220 cv. Ambos os motores não são flex, bebem apenas gasolina e, por enquanto, não há planos de torná-los flex. Isso não quer dizer, porém, que nunca teremos um Novo Golf que beba etanol, afinal, esses motores não virarão flex, mas a Volks pode produzí-lo por aqui com outras motorizações em um futuro próximo (2015?).


Com informações do UOL Carros, Autoesporte, Carsale, Autos Segredos, Vrum e VW/Divulgação


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